segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Coisas que me tiram [bastante] do sério!

A maternidade, como em tudo na vida, tem o seu lado colorido e o seu lado negro!!!
E há coisas que me enervam... ao ponto de eu ter AVC's em frações de segundos, mas recompor-me num ápice, para que ninguém se aperceba! Sou uma pessoa muito nervosa, o que é que querem! Eu sei que não parece, mas sou. Só que fui educada para aceitar, compreender, calar e sorrir! E, como diz o senhor meu esposo: 'Dessas pessoas é que eu tenho medo!' [Ahah]. Engulo, encurta-me o pavio e um dia salta-me a tampa!!!
Bem, adiante, avancemos com uma pequena lista de coisas que me provocam calores - claro que não é estanque:

#1. Que me desautorizem. Sobretudo à frente dela. Quando a mãe diz não, o pai não diz sim. Quando o pai diz sim, o avô não diz não. Quando a mãe não dá, a Maria Cachucha da esquina não vai dizer que dá! Para mim é um dos princípios básicos da educação. Congruência. Mas ainda não consegui fazer com que toda a gente à nossa volta percebesse isso. 

#2. Que me tirem a miúda do colo à força. Que mexam nela quando está sossegadinha e entretida. Que peguem nela ao primeiro relinchar... nem ao segundo, nem ao terceiro. Gosto que ela se habitue a saber esperar. Que digam que ela não gosta da mãe ou do pai. E logo comigo que sou ciumenta, egoísta, invejosa, carente, mãe-galinha e apaixonada. As outras pessoas já tiveram oportunidade de ter filhos e de desfrutar deles. É a minha vez agora. Se eu não quisesse um filho para amar todos os dias e o meu único intuito fosse estar grávida e parir, a seguir dava-a para adoção!!! 
[neste ponto, assumo também a minha culpa que já fui estúpida com o pai e já lhe pedi desculpas. Sei que ele passa menos tempo com ela, que quer aproveitá-la e também eu já impedi que isso acontecesse por egoísmo! Um simples gesto, como deixar que seja ele a acordá-la de manhã faz toda a diferença e às vezes falta-me o discernimento, por estar cega de amor!]

#3. Que a subornem só para ganharem todo o amor e atenção dela. Que lhe façam as vontadinhas todas e sejam incapazes de lhe dizer que não. Porque ela é esperta e sabe até onde pode abusar e quem lhe dá sempre tudo. Os avós são quase sempre peritos nesta tarefa!

#4 Que me digam, com ar indignado, que nós nem sabemos o que é ter trabalho com um filho, porque tivemos muita sorte com ela. Sim, e? Eu prometo que vou continuar a tentar ter muitos filhos, para ver se algum deles é uma peste de noite e de dia. E, nessa altura, nem sequer quero que tenham pena de nós. Quero que digam: 'ainda bem que ela finalmente teve um filho como deve de ser. Um terroristazinho que não dorme 12h, não come nada, não pára quieto e é mal-educado!'. Aí é que eu vou saber o que é ter filhos de verdade. Eu até percebo que quem teve filhos difíceis fique um bocadinho enervado com o facto de eu ter um 'semi-anjinho' [até ver!] em casa, mas eu não tenho culpa, sim? Eu fui uma santa e a sorte é para quem a merece! Aliás, a sorte é uma coisa que a nós, pais, nos dá muito trabalho. A educar, a criar hábitos e rotinas. 

Hoje foi só mais uma sessão de psicologia maternal! Continuo a lista quando tiver mais itens pertinentes para a compor! 
Há alguém que esteja comigo? Pronunciem-se antes que eu me sinta uma mãe descompensada, prestes a apresentar-me, voluntariamente, num hospício próximo! 
Nota: Nunca encarem estes textos, p.f., como atos de desespero. São partilhas comuns a várias mães, muitas vezes impregnados de algum sentido de humor e exagero! Não me perguntem se estou bem, porque estou ótima! Mal estarei no dia em que deixar de escrever! :)

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